sábado, 10 de janeiro de 2015

Por que Estudar o Livro de Romanos??





POR QUE ESTUDAR ROMANOS?

É a mais longa das Epístolas Paulinas, e é considerada a epístola com o "mais importante legado teológico".

Muitos líderes influentes da Igreja, em diferentes séculos, dão testemunho do impacto produzido pela Epístola aos Romanos em suas vidas, e em alguns casos, ela serviu como instrumento para sua conversão.

Aurélio Agostinho, conhecido no mundo todo como Agostinho de Hipona, nasceu em uma pequena fazenda, onde hoje é a Argéria. Durante sua juventude, ele foi ao mesmo tempo escravo de suas paixões sexuais e objeto de orações de sua mãe Mônica. Durante o verão de 386, aos 32 anos de idade, ele abriu o Livro de Romanos no cap.13:12-14. “Mal terminara a leitura desse texto, dissiparam-se em mim todas as trevas das dúvidas, como se penetrasse no meu coração uma luz de certeza”.

Martinho Lutero em 1515 entrou em uma crise espiritual idêntica à de Agostinho, ele pensava que o caminho mais certo para se chegar ao céu era tornando-se um monge. No mosteiro ele orava, jejuava às vezes por dias sem fim, além de outras austeridades sem fim. Ao estudar o Livro de Romanos, ele deparou-se com o versículo que mudaria toda a sua vida (Rm.1:17) “ O justo viverá pela fé”.

John Wesley. Em 1738, durante uma reunião dos irmãos morávios em Londres, enquanto alguém estava lendo o prefácio do comentário aos Romanos, de Lutero, Wesley descreve que algo sobrenatural aconteceu em meu coração, senti um estranho calor aquecer meu coração. Vi de fato que eu cria em Cristo, somente em Cristo, para dar-me salvação, e me veio uma certeza de que Ele havia tirado os meus pecados.” Ela é a mais completa, mais pura e a mais grandiosa declaração do Evangelho, encontrada no N.T. Sua mensagem não é que o homem nasceu livre, mas em todo e qualquer lugar encontra-se encarcerado, como diz Rousseau.

OPINIÕES SOBRE A CARTA AOS ROMANOS

É considerado o mais profundo documento “de importância teológica e ética que se conhece em toda a literatura” (Broadus Hale)

Na epístola aos Romanos, o apóstolo Paulo faz a “mais fundamental, vital, lógica, profunda e sistemática apresentação do propósito de Deus para a salvação que se encontra na Bíblia” (Broadus Hale).

O livro mais profundo que existe. (Coleridge)

A Catedral da fé (Godet)

Um estudo completo desta epístola é, na verdade ,um curso de teologia em si mesmo. (Griffith Thomas)

A verdadeira obra-prima do Novo Testamento.(M. Lutero)

Martinho Lutero disse que o livro era realmente a parte principal do N.T. e verdadeiramente o que há de mais puro no Evangelho. E acrescentou: “Todo cristão deveria conhecê-lo de coração, palavra por palavra, mas também ocupar-se com ele a cada dia, como pão cotidiano para a sua alma”.

Disse Calvino: “Se nós atingirmos uma verdadeira compreensão quanto à esta epístola, teremos uma porta aberta para os tesouros mais profundos da Escritura.

Philip Melanchthon disse: “A epístola aos Romanos é um compêndio da doutrina Cristã.

O professor Cranfield descreve-o como um todo teológico do qual absolutamente nada de substancial pode ser tirado sem que haja alguma dose de desfiguramento ou distorção”.

Ginther Bornkamm chegou a referir o livro de Romanos como o último desejo e o testamento final do apóstolo Paulo.

Bibliografia



Barth, Karl. Carta aos Romanos. Traduzido por Lindolfo K. Anders. São Paulo: Novo Século Ltda., 2003.
Bruce, F.F., Romanos, Introdução e Comentário, São Paulo: Editora Vida Nova, 1979.
Hendriksen, William, Romanos, São Paulo: Editora Cultura Cristã, 2003.
Hendricks , Howard G.e William D. Hendricks, Livro Vivendo na Palavra - A arte e a ciência da leitura da Bíblia, Editora: Batista Regular. 
MacArthur, J. F. Comentário Romanos São Paulo: Editora Cultura Cristã.
Murray, John ROMANOS - COMENTÁRIO BÍBLICO FIEL - Editora Fiel.
Pohl, Adolf, Romanos, Curitiba: Editora Evangélica Esperança, 1999.
Sproul, Robert Charles. Estudos bíblicos expositivos em Romanos  Editora Cultura Crista
Stott, John R. W. A mensagem de Romanos. São Paulo: ABU, 1ª Impressão 2.000, 6ª Reimpressão 2.014.



segunda-feira, 14 de abril de 2014

5 Maneiras de Passar do egoísmo para o serviço enquanto solteiro – Mark Driscoll

5 Maneiras de Passar do egoísmo para o serviço enquanto solteiro – Mark Driscoll

Os anos de solteiro tendem a ser os anos mais egoístas de nossas vidas. Muitos solteiros gastam seu tempo servindo a si mesmo em vez de servir aqueles que estão à sua volta e a igreja.

Egoísmo começa na infância. Quanto mais nossos pais nos mimam, acomodam e centralizam suas vidas ao nosso redor, mais egoístas nos tornamos. Para aqueles que foram crianças sozinhas, essa propensão ao egoísmo é muitas vezes maior, já que você não teve que dividir seus brinquedos, quarto, e vida com irmãos que te incomodavam. Assim que ficamos mais velhos, o egoísmo se especializa quase sempre durante a solteirice. Então quando nos casamos, nós esperamos que nossos cônjuges nos sirvam humildemente, apenas para descobrir que eles estavam esperando a mesma coisa. Conflitos seguem em meio desapontamento e frustração.

Como uma pessoa solteira, se você está planejando se casar a melhor maneira de se preparar para o casamento é usar seus anos de solteiro como uma oportunidade para parar de ser egoísta e começar a servir. Aqui estão cinco maneiras práticas que você pode começar a se mover do egoísmo para o serviço.

1 – ENVOLVA-SE COMO UMA IGREJA QUE AME JESUS E O ENSINO BÍBLICO.

Primeiro e principalmente, seja parte de uma igreja que ame Jesus e o ensino bíblico. Sirva essa igreja, humildemente aprenda daqueles que possuem mais experiência de vida que você e que desenvolveram uma relação ao longo da vida com Jesus, e cresça como um discípulo de Cristo sob pastores e líderes sólidos e qualificados.

2 – HONRE SUA FAMÍLIA

Se você tem uma família, honre-a. Mesmo que você possa não estar vivendo em casa, as oportunidades de servir sua família ainda existem. Ajude sua família com projetos em torno da casa, se ofereça como babá para irmãos, primos, sobrinhos e sobrinhas, para dar aos membros casados de sua família tempo livre juntos, e encontre outras maneiras de amar e servir. Ainda, permita que membros sábios e saudáveis da família falem nos seus relacionamentos e na sua vida.

Isso é duplamente importante para jovens mulheres que tem pais cristãos que as amam. Qualquer homem que deseja estar com você deseja conhecer seus amigos de igreja e sua família, viver abertamente diante deles e ganhar sua aprovação. Qualquer cara que tira uma mulher para longe de uma família e comunidade piedosa é perigoso e capaz de nenhum bem.

3 – HOMENS SIRVAM E HONREM AS MULHERES EM SUAS VIDAS

Homens, vocês tem uma mãe? Madrasta? Irmã? Prima? Sirva e honre-as. Aqui estão algumas coisas práticas que você pode fazer agora para disciplinar a si mesmo para servir e honrar as mulheres em sua vida: caminhe com elas ate seus carros, abra a porta para elas, pegue seus casacos, puxe a cadeira para elas ao comer, e mais.

Servir as mulheres em sua vida irá preparar você para servir sua futura esposa. Estas são coisas simples que nós podemos fazer, e até mesmo ensinar nossos filhos, quando os tivermos, que façam para suas mães e irmãs.

Ainda mais, a Bíblia nos ensina em 1 Timóteo 5:1-2 a tratar mulheres cristãs como irmãs. Isso significa que homens devem respeitosamente conhecer uma mulher que eles estão interessados sem qualquer pressão ou contato sexual, e servir outras mulheres na igreja como se elas fossem uma irmã.

Se você sabe como servir e honrar as mulheres em sua vida agora, então você estará bem preparado para servir sua esposa e filhos quando você os tiver.

4 – SE VOCÊ NÃO TEM PAI OU MÃE PIEDOSOS, PROCURE UM MENTOR

Para solteiros que não tem pais cristãos, eu encorajaria buscar pessoas mais velhas, cristãos mais maduros da igreja da qual você faz parte para aprender deles e servir. Nós vemos esse precedente claramente enunciado em Tito 2:1-10.

As mulheres mais velhas da igreja estão a treinar as mulheres mais jovens (Tito 2:3-5), enquanto os homens mais velhos estão a encorajar os homens jovens (Tito 2:6-8). Deus, por meio de Paulo, está nos dizendo a importância do treinamento de homens e mulheres de nossas igrejas para viverem vidas piedosas como um homem e uma mulher.

Na Mars Hill Church nós encorajamos solteiros a entrar nos Grupos Comunitários. Estar envolvido com estes grupos dá a um solteiro a oportunidade de encontrar outros solteiros, servir a igreja junto deles, conhecer outras pessoas em nível pessoal e espiritual, e de ter grandes mentores falando na sua vida e – se você começar um relacionamento – falando também neste com sabedoria e conselhos piedosos.

Se tais grupos não estão disponíveis na sua igreja, então eu sugiro buscar a liderança e pedir por sua ajuda para apontar para você a direção correta de alguém que possa estar disposto e disponível para ser seu mentor.

5 – EXAMINE A SI MESMO

Muitos solteiros têm uma lista do que eles procuram em um cônjuge em vez de uma lista do que eles estão buscando ser para um cônjuge.

Existem muitos problemas com isso, os quais eu coloquei em outro lugar. Como uma pessoa solteira na igreja, um dos mais importantes pré-requisitos para namoro e casamento é ser a pessoa certa para seu futuro cônjuge, mais do que se preocupar se ele é a pessoa certa para você. Isso significa ter sua identidade firmemente enraizada em Jesus do que em sua identidade enquanto uma pessoa solteira, no que a cultura diz sobre ser solteiro, ou no que a cultura diz sobre casamento.

Ser solteiro não é uma doença a ser rapidamente remediada. Antes, ser solteiro é um dom que deve ser gerenciado bem até que venha o tempo em que você comece outro estágio de vida como uma pessoa casada. Aceite que ser solteiro te dá liberdade e benefícios que você não vai ter quando casar, e use esse tempo de vida sabiamente para finalizar seus estudos, viajar para missões, servir a igreja, estabelecer sua carreira, e criar uma sólida base financeira livre de débito.

Até que você esteja pronto para casar, foque-se nesses assuntos, e depois procure um relacionamento. Viva seus anos de solteiro para a glória de Deus, para crescer do egoísmo para o serviço. Não os desperdice.

Tradução: Luis Henrique de Paula

segunda-feira, 7 de abril de 2014

Estudo de Efésios e Romanos COMPLETO pela Internet - preparado pelo Pr Ary Velloso




Nosso querido Pr. Ary Velloso faleceu em 25/04/2012.

Sentiremos saudades deste autêntico professor que vivia plenamente o que ensinava... tive o privilégio de conviver e aprender pessoalmente com ele.
Seu maior legado: levar Deus e Sua Palavra a sério! Sigamos seu exemplo.

Como o Pr Ary Velloso nos deixou todas as lições prontas, os estudos continuarão normalmente, com algumas adaptações. Você está recebendo o estudo de Efésios completo, gratuitamente, e está autorizado a usar este material em grupos de estudo, classes, mensagens, etc.
Pois sempre que era perguntado a respeito, o Pr Ary respondia da seguinte forma:

“Na medida em que for vendo que há algo de seu interesse, sinta-se inteiramente
à vontade para usar o material como está ou adaptar como quiser.
Fico feliz por ter você no mesmo barco!”

Não perca esta oportunidade. Participe!

Andréa

Pr Ary Velloso  (in memoriam)



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Qualquer problema com o link me digam
pastorcristiano@gmail.com




Culto de Gratidão pela vida do pastor Ary Velloso


quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

O Papel Normativo das Escrituras





“A não ser que seja convencido pelo testemunho da Escritura ou por argumentos evidentes... – a minha convicção vem das Escrituras a que me reporto, e minha consciência está presa à palavra de Deus – nada consigo nem quero retratar, porque é difícil, maléfico e perigoso agir contra a consciência. Deus me ajude, Amém.”1
 As palavras de Martinho Lutero ecoam pelos séculos como um testemunho, dos mais eloquentes, da atitude de submissão e obediência incondicionais à Palavra de Deus escrita. De fato, os cristãos evangélicos têm uma herança muito preciosa de respeito e consideração à Bíblia e ao seu ensino. Homens como Lutero, Melanchton, Zwinglio, Calvino, Knox e outros reformadores basearam todo o seu esforço e obra num fundamento comum: Sola Scriptura, i.e., “só a Escritura”, somente ela tem a autoridade e o direito de ser obedecida – não o papa, bispos, concílios ou tradições.

Existe hoje, nas igrejas, uma forte tentação no sentido de negligenciar a herança histórica, exatamente na área fundamental da bibliologia, quer pela falta de preparo bíblico-teológico de grande parte da liderança, quer pelo favorecimento generalizado do valor e autoridade relativos da experiência sobre a Bíblia. Em anos recentes temos observado uma sutil, mas inquietante, transferência da submissão à autoridade da Palavra de Deus escrita para a “palavra” oral de pastores e líderes evangélicos populares. Alguns desses procuram remeter o povo evangélico de volta à Bíblia. Muitas vezes, no entanto, verificamos que o povo evangélico, consciente ou inconscientemente, favorece o ambiente em que alguém é capaz de suas próprias interpretações e/ou opiniões com um “assim diz o SENHOR”, que isenta a maioria menos avisada da tarefa, sempre salutar, de examinar as Escrituras “para ver se as causas eram de fato assim” (At 17.11c).

Ataques frontais, ou camuflados, à veracidade e integridade das Escrituras têm sido frequentes ao longo da história, bem como as releituras ideológicas que rejeitam a compreensão histórico-gramatical normal (literal) do texto bíblico. Nos dois primeiros números de Vox Scripturae, o Prof. Richard Sturz e o Dr. Russell Shedd trabalharam com alguns dos aspectos mais modernos e relevantes nestas áreas.2  Nosso intuito neste artigo é de levar a discussão adiante, traçando algumas considerações sobre a questão atual da qualidade normativa da Bíblia e suas implicações para a realidade evangélica brasileira.

I. A CRISE ATUAL
A difícil fase que a sociedade brasileira (e latino-americana) tem vivenciado também afeta as igrejas. Em primeiro lugar, é claro, pelo simples fato de passar a igreja pelos mesmos problemas práticos que todo e qualquer segmento da sociedade enfrenta, principalmente na área econômico-social. Em segundo lugar, porque a igreja tem sido constantemente influenciada em sua identidade, organização e missão por certas premissas filosóficas inerentes à mentalidade que caracteriza a segunda metade do século XX. Um exame, por superficial que seja, dos conceitos mais populares de autoridade bíblica encontrados nas igrejas revela tendências perigosas do rumo ortodoxo (grego: “opinião reta”) que deveria orientar a igreja na sua compreensão do papel normativo das Escrituras.
l. A Percepção Restritiva da Autoridade Bíblica
A autoridade bíblica limita-se a assuntos de natureza espiritual (ou religiosa), tais como o culto, a escola dominical, a evangelização e programas da igreja. Quanto à área moral, ética ou financeira, o que decide é a experiência comum da comunidade cristã, modelos ou padrões pragmáticos (do tipo “o que funciona é O que é certo”), o conselho de “autoridades” na área ou simplesmente as tendências do momento. Naturalmente, a pressuposição subjacente deste conceito de papel normativo da Bíblia é a de que existe uma dicotomia entre aquilo que se torna como “espiritual” e o que é tido como “profano”. Tal dualismo, porém, tem mais afinidade com o neoplatonismo dos primeiros séculos da igreja cristã (distinção absoluta entre “espírito” e “matéria”) do que com o ensino do Novo Testamento (cf. Mc 7.1-23; 1 Co 10.31; Cl 3.17).
2. A Visão Impressionista da Autoridade Bíblica
Só é determinativo ou autorizado no texto bíblico aquilo que provoca no leitor alguma “impressão” ou reação forte. O leitor tende a igualar a mensagem de uma passagem bíblica com os pensamentos que ocupam sua mente enquanto ele a lê.3  Esta perspectiva parece ser das mais populares, pois encontra respaldo na cosmovisão geralmente subjetivista e individualista do homem brasileiro.4  Além disso, também corresponde, de certa forma, à noção neo-ortodoxa de um encontro existencial com Deus mediado por um texto bíblico qualquer que “se torna a palavra de Deus” para o leitor.5
3. A Concepção Dogmática da Autoridade Bíblica
A Bíblia é considerada detentora de autoridade, mas somente nos aspectos que favoreçam ou sejam convenientes a uma posição doutrinária que este ou aquele grupo ou movimento promove. Listas de versículos como texto-prova desta ou daquela doutrina são apresentadas sem maiores cuidados quanto ao contexto de cada passagem, seu propósito original e sua compreensão dentro do livro ou autor bíblico onde se encontra. O conteúdo do famoso dito, “texto fora de contexto é pretexto”, ainda que teoricamente repudiado pela maioria de nós, acaba, muitas vezes, sendo a descrição mais apurada da prática hermenêutica de muitos de nós. O grande problema aqui é saber o que fazer com todo o resto das Escrituras que continua detendo autoridade, mas que, aparentemente, não se encaixa com o sistema doutrinário defendido. O “reducionismo”, como método hermenêutico, tem caracterizado a exegese histórico-crítica (liberal), mas também muito daquilo que se denomina interpretação ortodoxa da Bíblia. Basta olhar à nossa volta e verificar o que, por exemplo, têm feito os proponentes do chamado “evangelho da prosperidade”. As passagens que falam de sucesso material e bem-estar físico são convenientemente requisitadas como alicerces do ensino proposto; contudo, as que falam de sofrimento físico, perseguição e estilo de vida simples do crente são, quando muito, “desmitologizadas” ou relegadas a segundo plano, se não totalmente negligenciadas.

Por trás destas perspectivas deficientes e suas implicações está, é claro, uma visão fragmentada da Bíblia: não se entende as partes pelo todo nem vice-versa. Mas, acima de tudo, este é um problema de atitude em relação à Palavra de Deus, principalmente no que concerne ao propósito para o qual ela nos foi dada “por escrito” e nas formas nas quais ficou registrada. Analisaremos, a seguir, quais os componentes necessários e apropriados para uma visão equilibrada, mas sobretudo fidedigna, da autoridade e do consequente papel normativo das Escrituras.
II. RESGATANDO O CONCEITO DE AUTORIDADE E PAPEL NORMATIVO DAS ESCRITURAS
Há hoje um forte preconceito quanto à ideia de “autoridade”. Vivemos num mundo pós-iluminista (do movimento europeu dos séculos XVII e XVIII que deu origem à ciência moderna) e, como tal, “autonomia” é a palavra de ordem, não autoridade. O homem, colocado no centro do universo, e a razão humana, elevada à medida de todas as coisas, tornam extremamente difícil a ideia de autoridade extrínseca (imposta de fora do indivíduo).6  A história recente do Brasil também contribui para esse preconceito. A mudança do regime militar “autoritário” para a democracia de “liberdade” tem trazido consigo uma infeliz confusão de “autoridade” com “autoritarismo”. O “autoritarismo” é o abuso de poder, a exigência de submissão sem, necessariamente, respaldo na verdade ou na moral, sem critério objetivo, a não ser a manutenção do status de poder absoluto. Mas, isso não é “autoridade” nem o exercício dela. Entretanto, quando se fala de autoridade bíblica, parece que algo dessa natureza vem à mente de muitas pessoas; afinal, pensam elas, “autoridade” deve ser o antônimo de liberdade e democracia. Autoridade, ao contrário, deriva seu status com base em algum critério objetivo. Segundo o dicionário, autoridade é “o direito ou poder de fazer-se obedecer, dar ordens, tomar decisões, agir”.7  No que se refere à autoridade bíblica, este “direito” ou “poder” de fazer-se obedecer decorre fundamentalmente de três premissas históricas: 1) a natureza da revelação bíblica em contraste com a literatura de origem meramente humana; 2) o autotestemunho da Bíblia quanto à sua veracidade e fidedignidade como revelação de Deus; e 3) os efeitos historicamente verificáveis da aplicação do ensino peculiar da Escritura à vida e estruturas humanas.
1. A Natureza da Revelação Bíblica
O Prof. Sturz já tratou, no primeiro número de VS, da questão do conceito de inspiração plenário-verbal e das alternativas oferecidas ao mesmo.8  O que desejamos destacar aqui é, mais particularmente, o fenômeno das Escrituras, i.e., de sua qualidade intrínseca de ser a Palavra de Deus escrita. O que, afinal, diferencia a Bíblia de outros livros? Literalmente falando, como pode um livro, cuja característica básica é ser uma narrativa de “história antiga”, ser ao mesmo tempo a revelação de Deus?

Toda autoridade pertence a Deus. A própria Bíblia vê a autoridade como totalmente concentrada em Deus (e.g., Is 40; Mt 28.18). E é somente a partir desta constatação que podemos afirmar que as Escrituras têm autoridade; i.e., desde que toda autoridade pertence exclusivamente a Deus, então Ele mesmo de alguma maneira conferiu Sua autoridade à Bíblia.9  Essa delegação de autoridade pode ser ilustrada logo no primeiro capítulo de Gênesis, quando Ele, proferindo a sua Palavra, diz isto ou diz aquilo, e as coisas acontecem (Gn 1.3, 6, 9, 11, 14, 20, 24, 26). Da mesma forma, os profetas, Seus agentes humanos, são equipados pelo Espírito Santo e enviados ao povo. Sua autoridade é delegada por Deus. Por isso eles dizem “assim diz o SENHOR”, ao anunciar suas mensagens de julgamento e salvação da parte de Deus. Da mesma forma, aqueles que testemunharam a vida e a obra do Messias depois escreveram o que escreveram para que fosse documentação que servisse de alicerce para a igreja (At 2.42; Ef 2.20).

Portanto, a autoridade dos apóstolos, tanto na palavra falada quanto na escrita (e.g., 2 Pe 3.15s.), também é autoridade divina.

A autoridade delegada, porém, reside especificamente na Palavra, pois é a Palavra de Deus. Neste sentido, também há uma certa confusão quanto ao conceito de inspiração. Na realidade, o que é inspirado não é O escritor humano, mas sim o texto bíblico: “Toda Escritura é inspirada”. O termo “inspirada” (theopneustos), de 2Timóteo 3.16, expressa, mais do que qualquer outra coisa, que o “produto final” de todo o processo, a Escritura, é o que possui a qualidade de ser Palavra de Deus e, portanto, autoridade divina. Os escritores humanos foram “conduzidos” (pheromenoi) pelo Espírito Santo para que registrassem o texto “soprado por Deus”, o qual possui a autoridade de Palavra de Deus e cuja prerrogativa é ser obedecido (2 Pe 1.21, cf. 1.19).10
2. O Autotestemunho da Bíblia
Há uma impressionante coerência entre os diversos livros bíblicos. (Às vezes nos esquecemos de que a Bíblia é, na verdade, uma pequena biblioteca composta de vários livros.) Aproximadamente quarenta escritores de culturas, línguas e contextos vivenciais diferentes escreveram seus livros, cobrindo um período de mil e quinhentos anos. Por mais intrigantes que sejam as poucas e aparentes discrepâncias11  entre eles, não é possível evitar uma reação de pasmo diante do “fenômeno” das Escrituras. Mas o método de revelação de Deus para os escritores humanos não é muito discutido na Bíblia. Há, por exemplo, pesquisa histórica (Lc 1.1-4), lembrança (Jo 14.26), ditado (Ap 1.11-3.22), visões (2 Co 12.1-4) e o uso de bom julgamento (1 Co 7.12).

Uma vez tendo reivindicado ser o produto da ação soberana de Deus, as Escrituras são coerentemente precisas em afirmar que tudo o que dizem é verdadeiro, pois possuem autoridade divina. Seria muito fácil multiplicar as passagens do AT e do NT que presumem direta ou indiretamente tal convicção.12  Para o nosso propósito basta mencionar apenas alguns aspectos relativos ao NT, a título de ilustração:
a.  Jesus reconheceu o AT como Escritura:
*
 Inspiração – Marcos 12.36 (cf. Sl 110.1);
* Historicidade – Adão e Eva (Mt 19.4s.), dilúvio (Mt 24.37), Jonas (Lc 11.32), sarça ardente (Lc 20.37);
* Cumprimento – Mateus 5.18
* Infalibilidade – João 10.35

b. Jesus reivindicou autoridade para as suas próprias palavras:
* Importância – Marcos 8.38; Mateus 7.24-27;
* Eternidade – Mateus 24.35;
* Papel normativo – Mateus 5.22, 28, 32, 34, 39, 44; 28.18-20
c.  Paulo reconheceu o AT como Escritura:
* Inspiração – 2 Timóteo 3.16;
* Personificação da Escritura – Romanos 9.17
d.  Paulo reivindicou autoridade divina para as suas palavras:
*
 Reveladas pelo Espírito – 1Coríntios 2.13;
* Normativas – 1Coríntios 14.37;
* Mensagem evangélica – 1Tessalonicenses 2.13; Gálatas 1.6-9
e.  Pedro reconheceu o AT como Escritura:
*
 O registro da revelação divina – 2Pedro 1.19-21
f.  Pedro reconheceu as cartas de Paulo como Escritura:
* Mesmo caráter do AT – 2Pedro 3.15s.
Ainda de muitas outras formas a Bíblia reivindica e atesta sua veracidade e fidedignidade.13 A discussão moderna sobre bibliologia tem levado muitos evangélicos, em suas tentativas de defesa da integridade da revelação bíblica, a se refugiarem numa conceituação que destaca de forma “negativa” o que as Escrituras enfatizam de forma “positiva”. Os adjetivos “infalível” e “inerrante” têm sido empregados com tanta intensidade e veemência que, às vezes, parece que falta espaço apropriado para se dizer “verdadeira”, “fidedigna”, “confiável”.

Pode parecer, à primeira vista, uma mera questão de semântica. Mas vai muito além disso. É também uma questão de atitude. Não precisamos, nem devemos, ficar numa “retranca” apologética. Se cremos que, de fato, Deus é verdadeiro, e é mentiroso todo homem (Rm 3.4), então é imperativo que apresentemos Sua mensagem ao homem moderno com a convicção de que é derivada da única fonte verdadeira, autorizada e normativa.
3. Aplicação e Efeitos do Ensino Bíblico
A compreensão de que as Escrituras são a revelação de Deus e de Sua vontade aos homens e a verificação de sua auto- reivindicação de ser verdadeira e fidedigna, ao apresentar tal revelação, trazem uma implicação inescapável. As Escrituras são normativas para a análise da realidade. Sua aplicação, seja qual for o contexto, tem sido historicamente determinada a partir do texto bíblico como o primeiro passo do processo, não o contrário. É claro que o contexto é importante, à medida que orienta o tipo de abordagem, os aspectos prementes e relevantes que devem ser examinados e interpretados. A mensagem, porém, já está de antemão estabelecida e determinada no contexto bíblico14

As tentativas de inverter esse processo também podem ser historicamente verificadas, bem como seus resultados. Nos últimos cento e cinquenta anos, foi a teologia do liberalismo “clássico” que mais explicitamente direcionou seus esforços no sentido de interpretar o texto bíblico e sua mensagem da perspectiva situacionista. Foi, e tem sido em suas formas mais modernas, nitidamente guiada por premissas filosóficas e antropológicas. Sua metodologia é caracterizada por um nítido anti-sobrenaturalismo e reducionismo histórico-crítico, resultado do Iluminismo.15  Um comentário elucidativo foi feito por G. Tyrrell, teólogo católico do início do século, a respeito da cristologia, com evidentes contornos “humanistas” de um dos últimos grandes expoentes do liberalismo, Adolf von Harnack. Ele disse: “O Cristo que Harnack vê, olhando para trás pelos dezenove séculos de trevas católicas, é apenas um reflexo da face protestante liberal, vista no fundo de um poço”.16

Na atualidade é a Teologia da Libertação que tem preconizado, mais do que qualquer outro movimento, o contexto sócio-religioso como o ponto de partida para a reflexão teológica. O texto bíblico é sempre um segundo passo no processo hermenêutico.17  Nas palavras de Gutiérrez, um dos pais do movimento, a Teologia da Libertação vê “teologia” como reflexão crítica sobre a práxis”.  A “ortopraxia”, em lugar da “ortodoxia”, tem sido seu “grito de guerra”. De fato, não há como negar o valor de certos questionamentos levantados pela Teologia da Libertação, quando esta diz, por exemplo, que a teologia “ocidental” tradicional tende a preocupar-se mais com abstrações e “teologizações” do que com a prática cristã, a resolução cristã dos problemas do homem.18  Mas, ainda que a entrada no círculo hermenêutico (nome dado ao processo de interpretação, no qual se verifica uma constante checagem de conclusões em relação ao texto bíblico) possa dar-se a qualquer altura do processo, seja no lado do texto quanto no lado do contexto, a Escritura ainda deverá manter seu lugar normativo e reformular, sempre que necessário, a nossa pré-compreensão do texto bíblico e sua relevância para a realidade. 20

Quando olhamos para o NT, por exemplo, e perguntamos sobre a ocasião (o Sitz im Leben) que motivou a produção de seus diversos escritos, somos obrigados a concluir que a teologia do NT nos é mediada por situações vivenciais concretas – tanto nos evangelhos, cartas e Atos quanto no Apocalipse. A teologia que encontramos no NT é, portanto, dinâmica (ativa), não estática ou abstrata, divorciada de seu contexto existencial. Nossa responsabilidade, como intérpretes e exegetas, por conseguinte, é de articular essa teologia que foi dada numa situação concreta, não no abstrato, para outra situação concreta, aquela que o cristão brasileiro vive hoje. Tal tarefa hermenêutico-teológica não é fácil. Ela exige, prioritariamente, uma grande compreensão do texto bíblico no seu contexto original, a fim de que sua aplicação à realidade atual seja coerente com seu propósito. É essa fusão de “horizontes”, da perspectiva do escritor bíblico e do intérprete moderno, que orientará a missão e o papel da igreja numa determinada situação.
Acima, porém, de uma mera questão de conhecimento acadêmico vem a necessidade de compromisso sério do intérprete bíblico com a Palavra de Deus escrita.

Como evangélicos temos condições de responder relevantemente às questões que a Teologia da Libertação tem tentado responder partindo de premissas equivocadas. Mas não serão ideologias ou quaisquer outras premissas filosóficas, políticas ou sociológicas que nos direcionarão na tarefa proposta. Concordo com Robinson Cavalcanti quando este afirma que “devemos ser realistas e dizer que a confiança na relevância dos ensinos bíblicos não resolve automaticamente certas situações agudas”. 21 Entretanto, o reconhecimento de tal fato, em vez de tirar nossa atenção da Palavra e transferi-la para as ciências sociais, políticas ou filosóficas, deveria levar-nos a uma imersão ainda maior no texto bíblico, a fim de descobrirmos quais são os parâmetros básicos que nos nortearão diante de uma dada situação ou problema que a Bíblia não aborda explicitamente. Qualquer proposta de “trabalho interdisciplinar”22  que objetive resultados sérios e fiéis à mensagem do evangelho, além de resultados pragmáticos (ou utilitários), deve percorrer constantemente o caminho de volta à Palavra para checar e reformular seus pressupostos e conclusões.23

III. AS IMPLICAÇÕES PRÁTICAS DO CONCEITO BÍBLICO DE AUTORIDADE E PAPEL NORMATIVO DAS ESCRITURAS
O conceito de autoridade, analisado acima, traz consigo dois conceitos práticos associados: submissão e normatividade.

A ideia de submissão, subordinação ou sujeição não é das mais populares na atualidade – certamente pelas mesmas razões vistas acima quanto à questão da autoridade (II.). Mas, uma atitude de submissão deve ser uma consequência natural do reconhecimento e da aceitação da autoridade de alguém ou de alguma coisa (a Constituição, por exemplo). Submissão à autoridade bíblica implicará duas atitudes essenciais ao intérprete bíblico:

1) Respeito à voz do escritor bíblico, sem lhe impor pressuposições ou preconceitos que lhe sejam estranhos. Na prática, isto significa que devemos ler o texto levando em conta a personalidade, cultura, língua, propósito, temas e ênfases específicos do autor humano da passagem que estamos estudando. Por exemplo, enquanto é verdade que Mateus pode nos ajudar a entender muito do que Marcos escreveu, ou vice-versa, o evangelista Marcos deve ser ouvido na forma em que escreveu seu livro, atentando-se para os seus propósitos e ênfases no evangelho. O mesmo se aplica a Mateus. É neste campo, o da exegese, que a teologia bíblica opera.

2) Respeito à revelação bíblica como um todo. Isto pode parecer contrário ao parágrafo acima, mas não é. Uma teologia bíblica não exclui a possibilidade, nem a necessidade, de uma teologia sistemática. Ela simplesmente estabelece certas diretrizes e limites à última. Nenhum esquema teológico deve ser imposto ao texto, de modo artificial, de forma a encaixar no sistema aquilo que não lhe seja conveniente ou mesmo que lhe seja contrário (como um quebra-cabeças, cujas peças são forçadas a se encaixar pelo competidor impaciente). Entretanto, o princípio da harmonia das partes em função do todo deve levar o intérprete a testar suas conclusões em relação a qualquer texto das Escrituras com o todo de seu ensino. Isto ele fará reconhecendo a unidade da revelação bíblica em seus aspectos primordiais: Deus e seus atributos, pecados e suas consequências, graça, encarnação, vida, morte e ressurreição do Filho de Deus, salvação e santidade etc.

São exatamente essas duas atitudes ligadas ao conceito de submissão que, na prática, apontam para a função normativa da Bíblia. Norma é “aquilo que se adota como base ou medida para a realização ou avaliação de algo”24.  É somente com base nisso que a Bíblia pode ser a única regra de fé e prática. Só a partir daí, também, que se pode desejar ver os sinais positivos de uma doutrina bíblica, histórica e sadia da autoridade das Escrituras sendo crida e vivida no meio do povo de Deus no Brasil:
– apreço e apego à Palavra escrita como critério exclusivo para reger a vida dos crentes;
– exposição do texto das Escrituras como resultado do reconhecimento da autoridade e do papel normativo da Bíblia por parte dos pastores e líderes. Se a liderança evangélica levasse tão a sério a inspiração e autoridade da Bíblia, como comumente se apregoa, estaria mais disposta a ouvir o texto e a pregar o que ele diz, em vez de usá-lo como “trampolim” para ideias e opiniões próprias. Isto se aplica a áreas tais como o sermão, o aconselhamento, a política, o trabalho social etc.;
– mais importante ainda, uma mentalidade cristã haveria de surgir não somente para contrapor a mentalidade secular que permeia a igreja, mas como estímulo e equipamento essencial à santidade cristã (Cl 3.1, 2, 16, 17).

_____________

Notas bibliográficas
1 Martinho Lutero em Pelo Evangelho Eterno. Obras Selecionados de Momentos Decisivos da Reforma (Porto Alegre e São Leopoldo: Concórdia e Sinodal, 1984) 148, 149.
 R. J. Sturz, “A Palavra que Prende e Liberta”, Vox Scripturae I:1 (março 1991) 3-10; R. P Shedd, “Hermenêutica Bíblica”, Vox Scripturae I:2 (setembro 1991) 3-11. Daqui em diante utilizaremos a abreviatura VS para Vox Scripturae.
3  R. P. Martin, “Approaches to New Testament Exegesis” em L H. Marshall (ed.) New Testament Interpretation. Essays on Principies and Methods (Exeter: Paternoster, 1985) 221.
4 Veja, e.g., Sérgio Buarque de Holanda, Raízes do Brasil (Rio de Janeiro: José Olympio Editora, 21ª edição, 1989) 5-9. O autor traça o perfil do brasileiro, destacando sua tendência histórica para a anarquia.
5  F. A. Schaeffer, Neo-Modernismo ou Cristianismo? (São Paulo: Ação Bíblica do Brasil e Livraria Editora Evangélica, s/ data) 33-34. Veja, e.g., K. Barth, Church Dogmatics (Edimburgo: T & T Clark, 2ª edição, 1986) I.i: 198-227.
6 Uma das principais heranças do Iluminismo foi o conceito de autonomia do ser humano, com sua diversidade de expressões contemporâneas: existencialismo, pragmatismo, niilismo etc. Para um estudo mais detalhado, veja J. D. Woodbridge, “Some Misconceptions of the Impact of the ‘Enlightenment’ on the Doctrine of Scripturae”, em D. A. Carson e  J. D. Woodbridge (eds.), Hermeneutics, Authority and Canon (Leicester: IVP, 1986) 237-270. Veja também F. A. Schaeffer, How Should We Then Live? (Westchester: Crossway Books, 1976) 120-166.
7 Novo Dicionário Aurélio, Aurélio Buarque de Holanda Ferreira (Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1ª edição, 11ª impressão, 1975).
Veja VS I:1 (março 1991) 7-9.
Veja N. T. Wright, “How Can the Bible be Authoritative?” Vox Evangelica V:21 (1991) 15-16.
10 O processo de registro da Palavra não é descrito por Paulo. Veja 2Pedro 1.20s.
11 O Dr. Charles C. Ryrie forneceu uma lista dos supostos erros mais apontados, em conferência proferida no Brasil, em julho de 1982. A lista soma apenas 10 discrepâncias aparentes no AT e 10 no NT. Para um estudo detalhado do assunto, veja J. M. Boice (ed.), O Alicerce da Autoridade Bíblica (São Paulo: Vida Nova, 1982), especialmente os capítulos 3 e 6; H. Lindsell, The Battle for the Bible (Grand Rapids: Zondervan, 1976) 161-184; e N. L. Geisler (ed.), Inerrancy (Grand Rapids: Zondervan, 1979).
12 Para um excelente estudo detalhado sobre o autotestemunho da Bíblia, veja W A. Grudem, “Scripture Self-Attestation” em D. A. Carson e J. D. Woodbridge (eds.) Scripture and Truth (Leicester: IVP, 1983) 19-59.
13E.g., no cumprimento de profecias do AT no NT, especialmente as profecias sobre o Messias e Sua vinda.
14Veja a excelente discussão sobre contextualização e teologia em B. J. Nicholls, Contextualização: Uma Teologia do Evangelho e Cultura (São Paulo: Vida Nova, 1983).
15 Para um ótimo resumo, ainda que panorâmico, veja E. R. Mueller, “O Método Histórico-Crítico – Uma Avaliação” (Apêndice 2), em G. D. Fee e D. Stuart, Entendes O Que Lês? (São Paulo: Vida Nova, 1984) 237-318.
16 G. Tyrrell, Christionity at the Crossroads, 44, citado por A. N. S. Lane, The Lion Concise Book of Christian Thought (Tring: Lion, 1984) 175, tradução livre.
17 Veja, e.g., J. L. Segundo, Libertação da Teologia (São Paulo: Loyola, 1978), principalmente os capítulos 1 e 4; L. Boff, Jesus Cristo Libertador (Petrópolis: Vozes, 1972, 12ª edição) 222-234, com ênfase na Cristologia da Teologia da Libertação.
18 G. Gutiérrez, Teologia da Libertação (Petrópolis: Vozes, 1986, 6ª edição) 18.
19 Veja, e.g., J. Sobrino, Christology at the Crossroads (Nova Iorque: Orbis, 1978) xv-xxvi.
20 Bultmann fez interessantes comentários sobre a questão das pressuposições do intérprete da Bíblia na sua famosa monografia “Será possível a exegese livre de premissas?” (1957), R. Bultmann, Crer e Compreender: Artigos Selecionados (São Leopoldo: Sinodal, 1986) 223-239. A perspectiva de Bultmann, porém, é tendenciosa para o existencialismo “heideggeriano”.
21R. Cavalcanti, Igreja: Comunidade da Liberdade (Niterói e São Paulo: VINDE e SEPAL, 1989) 22.
  Cavalcanti, op. cit., 40.
22Bong Ro observa em Theological News 22:3 (julho-setembro, 1991; boletim da World Evangelical Fellowship) que muita teologia asiática tem resultado em sincretismo, acomodação ou situacionismo. O problema fundamental, comenta 23Bong Ro, é a falta de uma hermenêutica bíblica.
24Novo Dicionário Aurélio (Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1975, 1ª edição, 11ª impressão).

Retirado do site


quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Livro História dos Batistas do Brasil até 1906 A.R. Crabtree

Quem tem interesse de se aprofundar e gosta de pesquisa

Livro: História dos Batistas do Brasil até 1906
Autor: A.R. Crabtree
Rio de Janeiro, Casa Publicadora Batista, 1962

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Eu Quero ser usado por Deus! A Fábula do Bambu


Havia numa floresta um viçoso bambuzal. Ele destacava-se no meio da vegetação. Todos ficavam impressionados com o ar pomposo e galante do bambuzal, e em especial um certo bambu, emprestava ao ambiente. Os pássaros comentavam uns com os outros sobre sua beleza e elegância. As demais árvores invejavam as alturas a que chegavam seus caules, podendo assim ter uma visão privilegiada de toda aquela belíssima mata. Todos os dias passava por ali um sitiante à procura de plantas ornamentais, medicinais, ou mesmo alguns gravetos que lhe servissem como lenha.
Ele sabia da importância de cada habitante da floresta. Quando ele encontrava o que procurava ficava imensamente feliz, cantava e saía satisfeito, levando o que lhe interessava. O belo bambu acompanhava, a cada dia, as atitudes daquele sitiante. Ele dizia para si mesmo: "Como eu gostaria de ser usado! Eu tenho certeza de que seria muito útil para o sitiante. Como eu gostaria de ser usado!".
Um dia, aquele sitiante chegou bem pertinho do bambuzal e aquele bambu imediatamente se ajeitou e tratou de ficar bem bonito para ser visto e chamar a sua atenção. O sitiante olhou para o bambu, aproximou-se ainda mais e o bambu lhe disse: "Olha, como eu gostaria de ser usado pelo senhor. Eu seria a árvore mais feliz dessa floresta!". O sitiante pensou por um momento e depois foi até a sua mochila e voltou com um facão.
Quando o bambu viu o facão, perguntou assustado: "Pra que isso?". E o sitiante falou: "Você quer ser usado?". Ele respondeu: "Q-u-e-r-o!". Enquanto empunhava o facão com uma das mãos, com a outra ele sacudia o bambu para soltá-lo dos demais. O bambu reclamava: "Pare, pare, estou ficando tonto, minhas folhas estão caindo". E o sitiante disse: "Você quer ser usado?". Ele respondeu outra vez: "Q-u-e-r-o!". Ali mesmo aquele homem deu uma aparada na ponta do bambu, para tirar o excesso que não lhe serviria. E mais uma vez o bambu reclamou: "O Senhor não pode fazer isso. Não pode cortar aí. Assim não poderei olhar a mata lá de cima nessa posição privilegiada". E o sitiante mais uma vez lembrou: "Você quer ser usado?". "Q-u-e-r-o!".
Ele continuou cortando os galhos e limpando o tronco, tirando tudo aquilo que poderia atrapalhar o bambu no desempenho de sua futura missão. Ele tirou tudo o que era estorvo e inútil. E o bambu chorando disse: "O Senhor tirou tudo o que me fazia belo e atraente aos olhos de todos. Como eu gostava dos meus galhos e ramos." O sitiante tornou a perguntar: "Você quer ser usado?". "Q-u-e-r-o!".
Em seguida o sitiante começou a arrancá-lo do chão, cortando suas raízes. O sitiante já ia se preparando para sair, quando o bambu, indignado, lhe interrompeu, dizendo: "Mas, o que é isso?! O que o senhor vai fazer? Eu sempre morei aqui! Sempre vivi aqui! Aqui estão os meus amigos. Eu não quero sair daqui!". O sitiante perguntou: "Você quer ser usado?" Ele respondeu: "Sim! Eu quero ser usado."
Assim, saíram os dois, o sitiante carregando o bambu, seguindo pelas trilhas que levariam à casa. Dias depois podia-se ver aquele bambu lá no sítio daquele homem. Ele foi preparado e se transformou numa espécie de cano, um tubo condutor, e agora era usado para conduzir água da nascente até a caixa d'água. Agora, não era mais aquele bambu vaidoso, pomposo e que gostava de chamar a atenção e ser apreciado por todos na mata. Era um condutor de água. Uma importante função - condutor de limpeza, de alimento e de vida.
Essa é a Fábula do Bambu. Mas, que lições ou o que podemos aprender dela quando pensamos no clamor do mundo, no apelo de Deus em Isaías 6.8, na minha e na sua resposta a esse clamor e apelo? Quem é quem nessa fábula? O sitiante pode bem representar a figura de Deus, o Senhor que todos os dias passa em revista a sua criação e, andando no meio de seu povo, busca aqueles que de alguma forma podem ser usados pelas Suas mãos para abençoar o mundo.
A floresta pode ser comparada à igreja, lugar onde o Espírito Santo tem trabalhado, no sentido de buscar a pessoa certa para cada área de atuação no corpo de Cristo e, assim, capacitar e equipar os crentes com todos os dons necessários na igreja.
O Bambu somos nós, os crentes, que todos os dias no templo, nos cultos, na rua ou em casa estamos sempre a dizer: "Usa-me, Senhor!". O bambu é você que quando ouve uma mensagem missionária, responde em seu coração: "Usa-me, Senhor!". O bambu é você que quando ouve aquela música emocionada que fala da entrega total da vida na obra missionária, responde em lágrimas: "Usa-me, Senhor!" O bambu é você que quando atende ao apelo para consagração de sua vida para missões está dizendo: "Eu quero tanto ser usado!". O bambu é você que orando, cantando ou mesmo declarando em alto e bom som, afirma diante de Deus: "Usa-me, Senhor!".
Mas, quais são as implicações de ser usado pelo Senhor? O que deve acompanhar essa disposição e essa disponibilidade que afirmamos, quando falamos com Deus: "Usa-me, Senhor!"? Vamos ver nessa fábula...
1° - Estar pronto para experimentar a ação de Deus (Is. 6.1) - Estar pronto para ver Deus começar a fazer uma mudança radical em sua vida. Assim como aconteceu com o bambu da fábula, esse encontro com Deus, no contexto do desafio de assumir uma posição no Seu Reino e no trabalho missionário, pode ser o marco de uma mudança radical em sua vida.
No caso de Isaías o chamado aconteceu num momento de crise nacional - a morte do rei Uzias. Era também uma crise pessoal, pois esse rei era alguém próximo; acredita-se que era um parente, de quem ele e sua família dependiam e a quem amavam. Ele estava profundamente abalado pela realidade daquela morte e buscava conforto no templo, onde ele ouve o chamado de Deus.
Podemos experimentar, de forma quase literal, o Senhor nos sacudindo e mostrando a realidade do tempo presente, a urgência do cumprimento da missão e a necessidade de uma posição: "A quem enviarei e quem há de ir por nós?". Será que Deus tem procurado mostrar algo para você através de alguma coisa que tem abalado sua vida?
2° - Considerar a renúncia de algo importante em sua vida - No caso do bambu, ele foi cortado no seu orgulho. Para o sitiante era apenas uma aparada na ponta do bambu, para tirar o excesso que não lhe serviria. Mas, para o bambu, representava retirar aquilo que fazia dele alguém importante e que o destacava dentre os demais - de onde ele podia olhar os outros de cima para baixo.
No caso de Isaías, o toque do anjo de Deus em seus lábios ou mesmo esse encontro com Deus resultou na renúncia e na mudança do seu próprio estilo de pregação. Nos capítulos anteriores ele tinha uma postura agressiva e acusadora; ele afirma: "Ai dos que... Ai de vós...Ai de vós..." (3.11; 4;  5.8,11118).Mas, em 6.5 ele reconheceu: "Ai de mim!”. Isso mudou completamente sua pregação. Nos capítulos seguintes o encontramos introduzindo sua profecia declarando não mais "ai de vós", mas "Assim diz o Senhor..." (7.7).
O que você precisa renunciar em sua vida para ser usado por Deus?
3° - Disposição para viver uma vida de santidade e pureza (Is. 6.5-7) - O cumprimento da missão requer essa disposição. O instrumento de Deus para a salvação, assim como os instrumentos usados num procedimento cirúrgico, só serão eficientes e só poderão, de fato, operar a salvação de vidas se estiverem puros. O bambu passou por esse processo de limpeza - a limpeza dos galhos e folhas. O instrumento de Deus para a salvação deve ter uma vida limpa e deve estar sempre pronto para ser usado.
O que você precisa limpar ou retirar em sua vida para ser usado por Deus?
4° - Deixar para trás vínculos preciosos (Is. 6.8b) - Abrir mão de vínculos preciosos como família, igreja local, amigos, cidade e a pátria amada. Abraão saiu do meio de seu povo e de sua parentela para cumprir a sua missão, sem saber para onde ia, mas ele sabia com quem ia. O bambu finalmente se rendeu e se deixou levar, deixando para trás os seus vínculos. A decisão de Isaías também representava uma rendição total: "Eis-me aqui, envia-me a mim!". E você, qual a sua decisão?
Conclusão - Quando somos capazes de responder a esse chamado com essa disposição e disponibilidade podemos esperar e ver o milagre de missões acontecer. Podemos ver o que Deus pode fazer através de uma vida que se entrega totalmente em suas mãos para ser usada no trabalho do Senhor. O bambu da fábula se tornou um condutor de água. Da mesma forma. Deus pode tornar você um condutor de vida, pureza e salvação. Qual será a sua decisão?
Pr Cristiano Scuciatto

99 Maneiras de Amar Sua Mulher


99 Maneiras de Amar Sua Mulher

Autor desconhecido



1. Comunique-se com ela; jamais a deixe de fora.

2. Considere-a importante.

3. Faça tudo o que puder para compreender os sentimentos dela.

4. Interesse-se pelos amigos dela.

5. Peça sempre a opinião dela..

6. Dê valor ao que ela diz.

7. Não deixe de demonstrar sua aprovação e afeto por ela.

8. Seja amável e terno com ela.

9. Aprenda a responder aberta e verbalmente quando ela quer comunicar-se.

10. Conforte-a quando estiver deprimida. Por exemplo, coloque os braços em volta dela e segure-a por alguns momentos, sem advertências ou censuras.

11. Interesse-se pelo que ela acha importante na vida.

12. Corrija-a com amabilidade e ternura.

13. Permita que ela o ensine sem levantar suas defesas.

14. Separe tempo especial para passar com ela e seus filhos.

15. Seja digno de confiança.

16. Elogie sua mulher com freqüência.

17. Seja criativo ao expressar seu amor, quer em palavras ou atos.

18. Aceite-a como é; descubra que ela é única e especial.

19. Admita seus erros: não tema ser humilde.

20. Lidere sua família em relação espiritual com Deus.

21. Permita que sua esposa falhe; discuta o que houve de errado depois de tê-la consolado.

22. Tomem tempo para sentarem-se e conversar calmamente.

23. Faça passeios românticos.

24. Escreva-lhe ocasionalmente uma carta, dizendo-lhe o quanto a ama.

25. Surpreenda-a com um cartão ou flores.

26. Expresse quanto a aprecia.

27. Diga-lhe como se orgulha dela.

28. Dê-lhe conselhos de maneira amorosa quando vier pedi-los a você.

29. Defenda-a perante outros.

30. Prefira-a a outros.

31. Não permita que exerça atividades que superem sua capacidade emocional ou física.

32. Tome tempo para notar o que ela fez por você e para a família.

33. Compartilhe com ela seus pensamentos e sentimentos.

34. Converse com ela sobre seu trabalho se estiver interessada.

35. Tome tempo para ver como ela passa o dia, no trabalho ou em casa.

36. Aprenda a gostar do que ela gosta.

37.. Cuide dos filhos antes do jantar sempre que necessário.

38. Ajude-a nos serviços domésticos.

39. Compreenda as limitações físicas dela se tiverem vários filhos.

40. Discipline seus filho com amor e não com ira.

41. Ajude-a a alcançar seus objetivos - nos passatempos ou educação formal.

42. Trate-a como se Deus tivesse gravado em sua testa: "Manuseie com cuidado".

43. Livre-se dos hábitos que a aborrecem.

44. Seja amável e solícito com os parentes dela.

45. Não compare os parentes dela com os seus de maneira negativa.

46. Agradeça-lhe as coisas que tiver feito sem esperar nada em troca.

47. Não espere que uma banda toque quando você ajudar na limpeza da casa.

48. Veja se ela compreendeu tudo que você está planejando fazer.

49. Faça pequenas coisas para ela - um beijo inesperado, café na cama.

50. Trate-a como alguém de seu mesmo nível intelectual.

51. Descubra se quer ser tratada como fisicamente mais frágil.

52. Descubra do que tem medo na vida.

53. Veja o que pode fazer para eliminar seus temores.

54. Descubra o que a torna insegura.

55. Planeje o seu futuro juntos.

56. Não brigue por causa de palavras, mas tente descobrir os sentimentos ocultos.

57. Pratique cortesias comuns como segurar a porta para ela, despejar o café.

58. Verifique se ela não se sente confortável quanto à maneira como o dinheiro é gasto.

59. Convide-a para sair de vez em quando.

60. Segure sua mão em público.

61. Coloque o braço ao redor dela na frente de amigos.

62. Diga-lhe que a ama - com freqüência

63. Lembre-se das datas de aniversários de casamento, nascimento e outras ocasiões especiais.

64. Aprenda a gostar de fazer compras..

65. Ensine-a a caçar e pescar ou o que quer que você goste de fazer.

66. Dê-lhe um presente especial de tempos a tempos.

67. Não deprecie as características femininas dela.

68. Permita que ela se expresse livremente, sem medo de ser chamada de estúpida ou ilógica.

69. Escolha cuidadosamente as suas palavras, especialmente quando estiver zangado.

70. Não a critique em frente de terceiros.

71. Não deixe que ela o veja ficar entusiasmado com a aparência física de outra mulher se isso a aborrece.

72. Tenha sensibilidade com relação a outras pessoas.

73. Faça com que sua família saiba que você quer passar um tempo especial com ela.

74. Prepare o jantar para ela de vez em quando.

75. Mostre simpatia quando ela fica doente.

76. Avise quando for chegar tarde.

77. Não discorde dela na frente dos filhos.

78. Leve-a para jantar e para passar o fim-de-semana fora.

79. Permita que ela tome tempo para conversar sozinha com as amigas.

80. Compre para ela o que possa considerar um presente íntimo.

81. Leia um livro recomendado por ela.

82. Faça-lhe perguntas específicas sobre o dia dela que indiquem que você sabe o que ela estava planejando fazer ( ex.: "Como foi sua consulta com o médico?" ).

83. Tente ouvir e fazer perguntas.

84. Planeje um programa com vários dias de antecedência, é preferível do que esperar até sexta à noite e perguntar o que ela quer fazer.

85. Faça elogios à aparência dela.

86. Demonstre empatia pelos sentimentos dela quando ela estiver aborrecida.

87. Ofereça-se para ajudá-la quando estiver cansada.

88. Quando ela falar com você, abaixe a revista ou desligue a televisão e dê-lhe sua atenção.

89. Observe quando ela está aborrecida ou cansada e pergunte o que ela tem para fazer. Então se ofereça para ajudar fazendo algumas das suas tarefas.

90. Diga-lhe quando você estiver planejando tirar uma soneca ou sair.

91. Quando você estiver fora da cidade, ligue para deixar um número de telefone onde poderá ser encontrado e para que ela saiba que você chegou bem.

92. Lave seu carro e limpe o interior antes de um programa com ela.

93. Ofereça-se para dar-lhe uma massagem nas costas, no pescoço ou nos pés (ou todas as três).

94. Não aperte o controle remoto para canais diferentes quando ela estiver assistindo televisão com você.

95. Quando estiverem de mãos dadas, não deixe que sua mão fique frouxa.

96. Sugira restaurantes diferentes ao saírem; não empurre para ela o peso de decidir aonde ir.

97. Crie ocasiões em que ambos possam se vestir a rigor.

98. Seja compreensivo quando ela se atrasar ou decidir.

99. Preste mais atenção nela do que nos outros em público.

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Nunca se Defenda - A. W. Tozer


NÃO SE DEFENDA


A. W. Tozer




Todos nós nascemos com o desejo de defender-nos. E, caso insista em defender a si mesmo, Deus permitirá que você o faça. Porém, se você entregar sua defesa a Deus, então, Ele o defenderá. Ele disse a Moisés certa vez: Serei inimigo dos teus inimigos e adversários dos teus adversários. (Êx 23.22).

Muito tempo atrás, o Senhor e eu chegamos juntos ao capítulo 23 do livro de Êxodo, e Ele me mostrou essa passagem. Já faz trinta anos que ela tem sido uma fonte de bênçãos indizíveis para mim. Não tenho de lutar. O Senhor é Quem luta por mim. E Ele certamente fará o mesmo por você. Ele será o Inimigo dos seus inimigos e Adversário de seus adversários, e você nunca mais precisará defender a si mesmo.

O que defendemos? Bem, defendemos nosso serviço e, particularmente, defendemos nossa reputação. Sua reputação é o que os outros pensam que você é, e se surgir alguma história sobre você, a grande tentação é tentarmos correr para acabar com ela. Mas, como você bem sabe, tentar chegar até a fonte de uma história assim é uma tarefa inútil. Absolutamente inútil! É como tentar achar o passarinho, depois de ter encontrado uma pena no gramado. Não poderá fazer isso. Porém, se se voltar completamente ao Senhor, Ele o defenderá completamente e providenciará para que ninguém lhe cause dano. Toda arma contra forjada contra ti, não prosperará, diz o Senhor, toda língua que ousar contra ti em juízo, tu a condenarás (Is 54.17).

Henry Suso foi um grande crente em dias passados. Um dia, ele estava buscando o que alguns crentes têm-me dito que também estão buscando: conhecer melhor a Deus. Vamos colocar isso nestes termos: você está procurando ter um despertamento religioso no íntimo de seu espírito que o leve para as coisas profundas de Deus. Bem, quando Henry Suso estava buscando a Deus, pessoas começaram a contar histórias más sobre ele, e isso o entristeceu tanto que ele chorou lágrimas amargas e sentiu grande mágoa no coração.

Então, um dia, ele estava olhando pela janela e viu um cão brincando no terraço. O animal tinha um trapo que jogava por cima de si, e tornava a alcançá-lo apanhando-o com os dentes, e corria e jogava, e corria e jogava muitas vezes. Então, Deus disse a Henry Suso: "Aquele trapo é sua reputação, e estou deixando que os cães do pecado rasguem sua reputação em pedaços e a lancem por terra para seu próprio bem. Um dia desses, as coisas mudarão".

E as coisas mudaram. Não demorou muito tempo até que os indivíduos que estavam atacando a reputação de Suso ficassem confundidos, e ele foi elevado a um lugar que o transformou num poder em seus dias e numa grande bênção até hoje para aqueles que cantam seus hinos e lêem suas obras.





Autor:  A. W. Tozer, de seu livro.